Em sua palestra de hoje “Mudanças Climáticas pós-Copenhague: um olhar sobre os desafios de 2010 em diante”, realizada na Federação Brasileira de Bancos – Febraban, Tasso Resende de Azevedo afirmou que as áreas de investimentos precisam levar em consideração
os riscos e as oportunidades decorrentes das mudanças do clima. Ele disse que as análises de viabilidade econômico-financeira de importantes projetos de investimento em infraestrutura, como no caso da construção de novas usinas hidrelétricas, não consideram, por exemplo, os impactos decorrentes da redução de chuvas.
Azevedo acrescentou que é preciso agir agora em relação aos impactos das mudanças do clima sobre os investimentos de longo prazo e que a adaptação tem que começar já. Tendo assessorado o governo brasileiro na última reunião da COP em Copenhague, ele disse que a não concretização de um acordo internacional sobre as mudanças climáticas, como era esperado que ocorresse naquela ocasião, pode se transformar em oportunidade para quem assumir posição de vanguarda.
Considerando que o efeito fundamental decorrente das mudanças climáticas é a maior frequência de eventos extremos: longos períodos de estiagem e de chuvas intensas, o Brasil, afirmou Azevedo, por sua dependência de água para a agricultura e geração de energia, é um dos países que mais deve sofrer com essas alterações do clima. Por outro lado, concluiu Azevedo, é também o país que, por seu potencial natural, apresenta grandes oportunidades de investimentos como, por exemplo, o mercado de carbono, de energias renováveis e de serviços ambientais (água e biodiversidade).
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