Participamos do Fórum Exame – Sustentabilidade no dia 11/11, cujo tema foi Copenhague: Desafios e Oportunidades. O primeiro bloco debateu “como lidar com o aquecimento global e seus impactos”. Os debatedores Xico Graziano, secretário do Meio Ambiente do Estado de S.Paulo, e Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, destacaram a necessidade de mudanças, passando a economia mundial a ser regida pelo paradigma ambiental. Caso contrário, segundo Young, haverá um colapso da humanidade.
No processo de transição para uma economia de baixa emissão de carbono, ambos concordam que depende da atuação do Estado e do estabelecimento de um marco regulatório consistente para acelerar o processo de mudança. O prof. Eduardo Viola da Universidade de Brasília, outro debatedor do primeiro bloco, chamou atenção da desvantagem competitiva do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono: reduzido investimento em tecnologia e conhecimento. Ele destacou que as medidas fiscais pós-crise econômica adotadas por alguns países incluíram a redução das emissões de carbono. Na direção de uma economia de baixo carbono, o prof. Viola identificou o Reino Unido e a Coréia do Sul como os países que merecem ser estudados.
Na segunda parte do evento o debate foi sobre oportunidades de negócio para o Brasil sustentável. Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, e Antonio Maciel, presidente da Suzano Papel e Celulose, concordam que os produtos “made in brazil” deveriam estar associados com sustentabilidade. Segundo eles, alguns produtos como o etanol e a celulose já seriam assim identificados. Marcos Bicudo, presidente da Phillips, colocou em pauta as questões sociais, destacando a necessidade de combater a pobreza para que o país possa crescer de modo sustentável. Ele acrescentou que, além das emissões de carbono, a questão da água é um desafio para a sustentabilidade das empresas.
O processo de transição para uma economia de baixa emissão de carbono está em franco andamento. As empresas precisam se adaptar rapidamente a esse novo paradigma da economia sob pena de comprometer a perenidade de seus negócios.
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