De 2001 a 2017 a produção de soja no Brasil triplicou, e o
Cerrado recebeu muito dessa expansão em áreas de vegetação nativa. E,
considerando as previsões de crescimento da produção de soja até 2027, será
necessário contar com mais áreas extensas de plantação nesse bioma. Esse novo
mecanismo de financiamento busca atender à crescente demanda mundial por soja produzida
de forma mais sustentável, indo além do básico cumprimento das leis e
regulamentos socioambientais. Empresas tradings
de commodities e de bens de consumo também se comprometeram com o fornecimento de
soja e seus derivados livre de desmatamento, mas até agora pouco havia sido feito
para incentivar os próprios agricultores.
O mecanismo de financiamento contará inicialmente com US$
50 milhões. Assim que se confirmar sua viabilidade financeira e ambiental deverá
ganhar escala com outros investidores e produtores.
Vale lembrar que em outubro de 2016, em decisão inédita, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, órgão
de fiscalização do Ministério do Meio Ambiente, multou o banco Santander em R$
47,5 milhões por financiar o plantio de grãos em áreas de proteção ambiental da
Amazônia. Nessa mesma ocasião, o Ibama também multou tradings de
commodities e outras empresas que atuam na cadeia produtiva do agronegócio (veja o nosso post ‘Em decisão inédita, Ibama multa Santander por financiar áreas protegidas da Amazônia’).
Nenhum comentário:
Postar um comentário