Cada vez que uma pessoa enche o tanque com gasolina, anda de avião, pega um ônibus, acende a luz, come um bife ou liga o ar condicionado, está consumindo energia e contribuindo de um jeito ou de outro para as emissões de gases de efeito estufa. Não há civilização humana sem energia. No século XX, quando a população do planeta saltou de 1 bilhão para 6 bilhões, o uso de energia cresceu exponencialmente. Agora já somos 7,2 bilhões e a previsão é de que seremos 9,6 bilhões em 2050, segundo a Organização das Nações Unidas - ONU. Energia está associada à prosperidade, que é igual a combustíveis fósseis. Petróleo, carvão e gás natural respondem por 80% da geração de energia do planeta.
O desejo de possuir mais, cada vez mais, é um caminho que pode levar à destruição do planeta: um norte-americano médio consome 120 vezes mais energia que um bengali. O que aconteceria se a capacidade de consumo do norte-americano se estendesse a todos os atuais 7,2 bilhões de habitantes do planeta? Então, é preciso repensar nossos padrões civilizatórios, nosso modo de viver, eliminar o desperdício e as desigualdades sociais. Repensar os padrões passa necessariamente por alterar a matriz energética mundial, privilegiando a geração de energia por meio de fontes renováveis.
A queima de combustíveis fósseis é a grande vilã do aquecimento global e das mudanças climáticas, cujos impactos já estão afetando a disponibilidade de água e de alimentos em várias regiões do planeta, prejudicando a saúde e a qualidade de vidas das pessoas. Estamos correndo contra o tempo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa da matriz energética mundial e reconfigurar os modelos de produção e consumo. Para tanto, os principais caminhos, sem sacrificar o desenvolvimento econômico, são dar escala às fontes de energia limpas e renováveis e promover a conservação ou uso de forma mais eficiente dos recursos energéticos.
Uma matriz energética mais limpa, portanto, é fundamental para que as pessoas possam desfrutar de boas condições econômicas que as levem a ter acesso à saúde, energia e demais necessidades básicas. De tal maneira que alcancem um padrão de vida que possa ser sustentado de acordo com os recursos naturais disponíveis e com a proteção do meio ambiente.
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