Conferência foi presidida pelo prof. José Goldemberg. Os painéis foram coordenados pelo prof. Francisco Paletta, da faculdade de engenharia da FAAP, e tiveram a participação de relevantes especialistas brasileiros e internacionais. O que mais se ouviu da maioria deles diz respeito à falta de transparência da Agência Nacional de Petróleo – ANP e da Petrobras na divulgação de informações, o que tem impedido um debate mais profundo pela sociedade brasileira sobre a exploração pré-sal.
A partir da descoberta de petróleo na camada do pré-sal, o Brasil atingiu um novo patamar de investimentos e de produção de petróleo. O país virou o maior mercado mundial de serviços e equipamentos de petróleo. A exploração do pré-sal é um grande desafio: o petróleo encontra-se em águas profundas em poços distantes da costa, o custo dos equipamentos é mais elevado e há escassez de mão de obra qualificada. Isso tudo aumenta o custo da exploração e a percepção de risco de acidentes.
A riqueza do petróleo precisaria resultar em mais cidadania: acesso à educação qualificada, maior distribuição de renda e melhor qualidade de vida aos brasileiros. De acordo com as estimativas, as reservas comprovadas de petróleo do Brasil, incluindo o pré-sal, acabariam entre os anos 2060 e 2065. Nessa perspectiva, os recursos obtidos com o pré-sal deveriam, portanto, financiar eficiência energética, fontes renováveis de energia e redução das emissões de carbono, como propõem os painelistas da Conferência Luiz Pinguelli Rosa e José Moreira.
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