Foi o que afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva durante o debate promovido hoje sobre o novo Código Florestal nos Encontros Estadão&Livraria Cultura. Ela disse que o novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados revoga a proteção das florestas à medida em que anistia desmatadores e flexibiliza o uso das florestas. O novo Código Florestal representa um retrocesso. Uma volta ao modelo econômico dos séculos 19 e 20 baseado no alto consumo de combustíveis fósseis, acrescentou Marina Silva. O Brasil possui todas as condições de ser protagonista da economia verde de baixo carbono e menor consumo de recursos naturais.
Para a ex-ministra o Brasil precisa fazer uma escolha: competir pelo caminho de baixo - com desrespeito à legislação ambiental e trabalhista; ou competir pelo caminho de cima - com ganhos de produtividade. Segundo ela, é um equívoco pensar que o Código Florestal irá prejudicar o agronegócio. Essa é uma visão imediatista. Proteger as florestas e a biodiversidade é que garantirá a estabilidade do clima, a qualidade dos solos, as fontes de água e, consequentemente, a perenidade do agronegócio. Marina Silva disse que é perfeitamente viável desenvolver atividades econômicas na Amazônia sem desfigurar a floresta por meio de tecnologia, manejo florestal, proteção dos povos indígenas e preservação da biodiversidade.
Marina Silva quer mobilizar a população brasileira para reverter no Senado a flexibilização do Código Florestal aprovada na Câmara dos Deputados. Segundo ela, a proteção das florestas não é um problema somente dos agricultores. Discutir a proteção das florestas é discutir sobre a qualidade de vida de todos nós.
Assine aqui o abaixo-assinado para rejeitar as propostas de alteração do Código Florestal.
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