2 de outubro de 2017

Empresas mais humanas e sustentáveis é tema da Harvard Business Review Week

Na semana passada a Harvard Business Review Brasil realizou em São Paulo a HBR Brasil Week, cujo objetivo foi trazer o que há de novo em conhecimento sobre gestão empresarial inovadora. Esse evento contou com a participação de relevantes representantes da academia e do mundo empresarial nacional e internacional.

Fui o moderador do Painel 'Empresas mais Humanas e Sustentáveis', que contou com as palestras de Andrew Winston - renomado especialista em como empresas podem encontrar soluções e lucrar frente aos maiores desafios da humanidade, e de Jorge Hoelzel – membro do Conselho da Mercur empresa reconhecida por sua proposta de atuar em função das pessoas e criar soluções sustentáveis.


Victorio Mattarozzi - moderador do painel Empresas mais Humanas e Sustentáveis


Na abertura desse Painel, assinalei que o termo sustentabilidade traz sempre à mente alguma preocupação com as condições de vida das pessoas. Mencionei o último Relatório sobre Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial, que revela em termos de riscos essa questão das condições de vida. Destaquei dois desses riscos. O primeiro risco é representado pelas consequências adversas dos avanços tecnológicos, como, por exemplo, inteligência artificial. Os avanços tecnológicos são um desafio para as empresas, porque os mercados onde elas atuam irão mudar completamente. São também um desafio para a empregabilidade das pessoas, que terão que repensar o tipo de trabalho que irão fazer diante desses negócios em rápida transformação. O segundo é um risco socioambiental, referindo-se ao fracasso de governos e empresas adotarem medidas eficazes para atenuar e proteger as pessoas e as empresas impactadas pelas mudanças do clima.

Para Andrew Winston há claras evidências de que as questões ambientais e sociais estão alterando o ambiente de negócios. Da forma como as companhias são conduzidas atualmente elas não conseguem acompanhar essas mudanças no cenário, destacou em sua apresentação. Ele cita como exemplo um público mais exigente que demanda cada vez mais transparência dos processos das empresas e de sua rede de fornecedores. Winston defende que as organizações observem de forma mais atenta alguns valores intangíveis, tais como lealdade do consumidor, produtos inovadores e diferenciados e até o poder das organizações de atração e retenção de pessoas para gerar valor às marcas.

É justamente nesse contexto apontado por Winston, que Jorge Hoelzel, ao apresentar o caso da empresa Mercur, destacou: a cooperação e o sentido de parceria são essenciais para a criação de produtos e serviços relevantes para a sociedade. Na Mercur, afirmou Hoelzel, refletimos muito sobre a nossa forma de atuar, principalmente, porque sabemos que cada atividade que realizamos para atingir nossos objetivos tem implicações em pessoas e no mundo em que vivemos. Em função disso, acrescentou, evoluímos nossa área estratégica de atuação para o bem-estar, entendendo que o bem-estar parte do individual para o coletivo, das partes para o todo, da competição para a cooperação.


Assista algumas entrevistas dos palestrantes do evento no HBR Channel: http://channel.hbrbr.com.br/

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