Na semana passada a Harvard Business Review Brasil realizou
em São Paulo a HBR Brasil Week, cujo objetivo foi trazer o que há de novo em
conhecimento sobre gestão empresarial inovadora. Esse evento contou com a
participação de relevantes representantes da academia e do mundo empresarial
nacional e internacional.
Fui o moderador do Painel 'Empresas mais Humanas e
Sustentáveis', que contou com as palestras de Andrew Winston - renomado especialista
em como empresas podem encontrar soluções e lucrar frente aos maiores desafios
da humanidade, e de Jorge Hoelzel – membro do Conselho da Mercur empresa
reconhecida por sua proposta de atuar em função das pessoas e criar soluções
sustentáveis.
Na abertura desse Painel, assinalei que o termo
sustentabilidade traz sempre à mente alguma preocupação com as condições de
vida das pessoas. Mencionei o último Relatório sobre Riscos Globais do Fórum
Econômico Mundial, que revela em termos de riscos essa questão das condições de
vida. Destaquei dois desses riscos. O primeiro risco é representado pelas
consequências adversas dos avanços tecnológicos, como, por exemplo, inteligência
artificial. Os avanços tecnológicos são um desafio para as empresas, porque os
mercados onde elas atuam irão mudar completamente. São também um desafio para a
empregabilidade das pessoas, que terão que repensar o tipo de trabalho que irão
fazer diante desses negócios em rápida transformação. O segundo é um
risco socioambiental, referindo-se ao fracasso de governos e empresas adotarem medidas
eficazes para atenuar e proteger as pessoas e as empresas impactadas pelas
mudanças do clima.
Para Andrew Winston há claras evidências
de que as questões ambientais e sociais estão alterando o ambiente de negócios.
Da forma como as companhias são conduzidas atualmente elas não conseguem
acompanhar essas mudanças no cenário, destacou em sua apresentação. Ele cita
como exemplo um público mais exigente que demanda cada vez mais transparência
dos processos das empresas e de sua rede de fornecedores. Winston defende que
as organizações observem de forma mais atenta alguns valores
intangíveis, tais como lealdade do consumidor, produtos inovadores e
diferenciados e até o poder das organizações de atração e retenção de pessoas para
gerar valor às marcas.
É justamente nesse contexto apontado por
Winston, que Jorge Hoelzel, ao apresentar o caso da empresa Mercur, destacou: a
cooperação e o sentido de parceria são essenciais para a criação de produtos e
serviços relevantes para a sociedade. Na Mercur, afirmou Hoelzel, refletimos
muito sobre a nossa forma de atuar, principalmente, porque sabemos que cada
atividade que realizamos para atingir nossos objetivos tem implicações em pessoas
e no mundo em que vivemos. Em função disso, acrescentou, evoluímos nossa área
estratégica de atuação para o bem-estar, entendendo que o bem-estar parte do
individual para o coletivo, das partes para o todo, da competição para a
cooperação.
Assista algumas entrevistas dos palestrantes do evento no
HBR Channel: http://channel.hbrbr.com.br/
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