30 de janeiro de 2017

Instituições financeiras lançam iniciativa para promoção do desenvolvimento sustentável

Dezenove instituições financeiras globais acabam de anunciar o lançamento dos Principles for Positive Impact Finance (Princípios para o Financiamento de Impacto Positivo). Esta iniciativa acontece no âmbito da United Nations Environment Programme - Finance Initiative – UNEP-FI, que é uma parceria da United Nations Environment com instituições financeiras destinada à avaliação dos aspectos socioambientais no processo de decisão de negócios no setor financeiro mundial.



Os Princípios objetivam estabelecer critérios para que bancos e investidores globais alavanquem atividades econômicas em linha com a meta de atingir os chamados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, que é o plano de ação global para acabar com a pobreza, combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente. A estimativa para alcançar essa meta é de US$ 5 a 7 trilhões a cada ano até 2030, segundo cálculos da UNEP-FI. O lançamento dos Princípios deve contribuir para canalizar as centenas de trilhões de dólares administrados por bancos e investidores para projetos de produção mais limpa, de baixa emissão de carbono e socialmente inclusivos.

Diante dos enormes desafios globais como as mudanças climáticas, o crescimento populacional e a escassez de recursos naturais, é imperativo que o setor financeiro se adapte e contribua com as mudanças necessárias em seus modelos de negócios. Os quatro Princípios para o Financiamento de Impacto Positivo fornecem orientação aos bancos e investidores para analisar, monitorar e divulgar os impactos socioambientais e econômicos dos negócios que financiam. Entre as instituições financeiras pioneiras dessa mais nova iniciativa estão: BNP Paribas, Hermes Investment Management, ING, Société Générale, Standard Bank, Triodos Bank, Westpac e o Banco Itaú – único representante brasileiro.

A conferir uma relevante exigência dos próprios Princípios: que os processos e metodologias de avaliação das atividades financiadas sejam transparentes. Algo que deixa a desejar nas iniciativas voluntárias semelhantes do setor financeiro, como os Princípios do Equador e os Princípios para o Investimento Responsável, nos quais os ora lançados Princípios se baseiam.

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