22 de janeiro de 2009

Debate aponta possível saída para a crise: economia de baixo carbono

O Instituto Ethos realizou hoje um debate sobre a crise econômica no Brasil. Os debatedores foram: José Eli da Veiga - professor da FEA-USP, John Welch - economista-global do Banco Itaú, Sérgio Besserman Vianna - professor da PUC-RJ e João Carlos Ferraz - diretor de planejamento do BNDES. O debate foi moderado pela jornalista Miriam Leitão da Globonews e da rádio CBN. Os debatedores foram unânimes em afirmar que a crise é profunda, com efeitos ainda não totalmente identificados e de longa recuperação. Os professores José Eli e Sérgio Besserman concordam que a crise não terá saída, a não ser que a economia caminhe para o chamado “baixo carbono” (drástica redução da emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta e pelas mudanças do clima). Eles afirmaram também que esgotou o tempo de pensar que a sustentabilidade ambiental é um anexo do desenvolvimento econômico. Acrescentaram ainda que a crise acaba servindo como um freio de “arrumação” da economia mundial, cuja matriz energética atual aquece o planeta de forma intolerável e as emissões de carbono não são precificadas. O prof. José Eli disse que enquanto emitir carbono não custar caro, nada irá acontecer para substituição dos combustíveis fósseis como principal fonte de energia do planeta. Ele acredita, porém, que cedo ou tarde essa substituição acontecerá. Nessa direção, o prof. Besserman sugere às empresas investirem em projetos de eficiência energética e descarbonização de suas atividades. É nesse mesmo sentido que acreditamos as instituições financeiras deveriam seguir: numa visão de mais longo prazo, rever suas estratégias à luz de uma economia que caminha na direção do baixo carbono em resposta aos impactos das mudanças do clima no ambiente de negócios.

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