31 de janeiro de 2008
Política da Vale provoca mudanças na gestão ambiental de guseiras
A Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar), que produz ferro-gusa a base de carvão vegetal, acaba de fechar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde se compromete a reflorestar 32 mil hectares com árvores de espécies nativas.
A Cosipar é a primeira empresa guseira do estado do Pará processada por crime ambiental a fechar esse tipo de acordo. O passivo ambiental da empresa é devido à falta de comprovação da origem do carvão vegetal usado na produção de ferro-gusa, indicando que esse produto foi obtido como desmatamento da floresta Amazônica.
A Cosipar informou que precisava fechar o acordo com o Ibama para que a companhia Vale voltasse a lhe fornecer minério de ferro, matéria-prima para a produção de ferro-gusa. Em outubro de 2007 a Vale, em linha com suas práticas de gestão socioambiental, deixou de fornecer minério de ferro para diversas guseiras do Pará e do Maranhão que estavam em situação ilegal.
A Vale informou que irá esperar uma posição oficial do Ibama para avaliar a possibilidade de retomar o suprimento de minério de ferro para a Cosipar. O Ibama espera fechar acordos com as demais empresas guseiras, o que irá permitir reflorestar entre 50 mil e 80 mil hectares com mata nativa no Pará.
Consideramos o acordo fechado entre a Cosipar e o Ibama um exemplo evidente de como o uso de boas práticas de gestão socioambiental pelas empresas repercute favoravelmente em toda a cadeia produtiva, contribuindo para minimizar os impactos no meio ambiente.
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