O Banco Bradesco anunciou no dia 14/11 a criação do Banco do Planeta, que será uma área dedicada a centralizar e ampliar todos os projetos e iniciativas socioambientais do banco. Segundo a direção do Bradesco, o Banco do Planeta “estará voltado para pessoas que se importam e se mobilizam em salvar o mundo e desenvolverá ações que contribuam, por exemplo, para a redução do aquecimento global”.
No lançamento do Banco do Planeta, o Bradesco elencou uma série de iniciativas com foco socioambiental que já possui, dentre as quais destacamos as linhas de capital de giro ambiental e florestal, leasing ambiental, inclusão de critérios socioambientais na seleção de fornecedores, bem como no financiamento de projetos (Princípios do Equador). Além disso, o Bradesco aderiu aos Objetivos do Milênio e ao Pacto Global da ONU. O banco informou que irá anunciar proximamente uma série de novas ações dentro do foco do Banco do Planeta.
Consideramos a decisão do Bradesco em criar o Banco do Planeta uma iniciativa relevante no sentido da efetiva incorporação do princípio da sustentabilidade no desenvolvimento de seus negócios. Por se tratar do maior banco privado brasileiro, essa iniciativa do Bradesco deverá repercutir favoravelmente em todo o setor financeiro, que nos últimos anos tem avançado quanto ao emprego de práticas de responsabilidade socioambiental nos negócios.
Com o Banco do Planeta, o Bradesco sinaliza que aliar sustentabilidade à sua missão é um fator de alavancagem de negócios e compatível com metas econômico-financeiras. De fato, como afirma a direção do banco "não queremos mostrar a visão de que a empresa é boazinha, mas que tem ações concretas na área".
Dois dias após lançar o Banco do Planeta, o Bradesco anunciou que passou a ser um dos mantenedores da Fundação Amazonas Sustentável, cujo principal objetivo é preservar uma área de 17 milhões de hectares de floresta no estado do Amazonas, envolvendo inicialmente quatro mil famílias. Com a participação de outros mantenedores, o orçamento da fundação poderá alcançar R$ 100 milhões, além de outros ganhos que poderão se concretizar com a venda de créditos de carbono decorrentes da manutenção da floresta.
Salientamos que com essa iniciativa o Bradesco já começa a gerar novos negócios: os recursos da Fundação serão administrados pela Bradesco Asset Management (Bram) e os próximos aportes que o banco fará nessa entidade serão obtidos com a venda de novos produtos, tais como cartões de crédito, títulos de capitalização, fundos de investimento, seguros e planos de previdência privada que poderão utilizar o nome da fundação.
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