15 de dezembro de 2009

Mudanças climáticas: mercado brasileiro ganha índice de ações inédito

O BNDES e a BM&F BOVESPA anunciaram hoje que irão criar o Índice Carbono Eficiente – ICO2 para estimular as companhias com ações negociadas em bolsa a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa – GEE. O novo índice objetiva incentivar as empresas a mensurar e gerir suas emissões de GEE, dar maior transparência a respeito das emissões desses gases pelas companhias abertas e criar oportunidades para os investidores com foco no investimento socioambiental responsável.


O ICO2 será estruturado a partir do IBrX 50, indicador composto pelas 50 ações mais negociadas na BM&FBOVESPA. O peso de cada ação no ICO2 terá como base a participação da empresa no IBrX-50 e também sua eficiência em emissões de GEE. Isto é, quanto menor a relação entre as emissões desses gases e a receita da empresa, maior será sua eficiência. Assim, as companhias com maior eficiência em emissões de GEE, em relação às demais do setor na carteira, tenderão a aumentar seu peso no ICO2, na comparação com sua participação no IBrX-50. Por outro lado, aquelas pouco eficientes em emissões desses gases tenderão a ter sua participação reduzida no ICO2, em relação à sua presença no IBrX-50.

Sob pena de comprometerem a viabilidade de seus negócios, as empresas precisam adaptar-se a uma economia que caminha na direção da baixa emissão de carbono. Nesse sentido, é bastante oportuna a criação do novo índice da BM&FBOVESPA, que deve contribuir para que as companhias adotem práticas de gestão ambiental destinadas a reduzir suas emissões e combater as mudanças do clima.

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